segunda-feira, 16 de março de 2009

Aplicando nossos recursos pessoais


Recursos naturais são os talentos naturais com que nascemos. Algumas pessoas têm uma habilidade natural com as palavras: já nascem falando; outras têm habilidades atléticas: destacam-se em agilidade física; outras ainda são boas em matemática, música ou mecânica.
Quando Deus quis criar o Tabernáculo e os utensílios para adoração, cuidou para que houvesse artistas e artesãos que fossem formados com destreza, habilidade e plena capacidade artística para desenhar e executar todo o tipo de obra artesanal.
Ainda hoje, Deus concede essas habilidades e muitas outras para que nós possamos servi-lo.

Todas as nossas habilidades vêm de Deus

Até as habilidades usadas para o pecado foram dadas por Deus; estão apenas sendo usadas para o mal ou de forma imprópria. Deus nos dá habilidade para fazer bem o que Ele nos determina. Nossas capacidades naturais que vieram de Deus são tão importantes e “espirituais” quanto os nossos dons espirituais, a diferença é que nós as recebemos no nascimento.
Muitos dizem não ter aptidões a oferecer como desculpa para não servir, mas a verdade é: temos centenas de habilidades inexploradas, desconhecidas e ociosas que estão latentes dentro de nós. Estudos revelam que uma pessoa comum tem de 500 a 700 capacidades e habilidades. Parte da responsabilidade de cada um de nós é identificar e disponibilizar essas habilidades para servir a Deus.

Todas as habilidades devem ser usadas para a glória de Deus

Tudo o que fizermos dever ser para a glória de Deus – I Cor. 10:31
Deus tem um lugar na sua Igreja onde nossa habilidade pode se distinguir, onde podemos fazer a diferença, cabe a cada um de nós acharmos esse lugar.
Por exemplo: Deus dá a alguns a habilidade de ganhar muito dinheiro, mas essa habilidade deve ser usada para a glória de Deus:
1º reconhecendo que ela veio de Deus e dando o crédito a Ele,
2º auxiliando nas necessidades de outros e
3º devolvendo o dízimo a Deus como ato de obediência e adoração.
Sejamos “construtores do Reino” ao invés de “construtores de riquezas”.

Deus quer que façamos aquilo que somos capazes de fazer

Cada um de nós é único, como nossas habilidades. Ninguém pode assumir nosso papel porque Deus fez a cada um de nós com uma configuração exclusiva.
Para descobrir a vontade de Deus para nossa vida, devemos examinar seriamente em que somos bons e para o que não temos habilidade.
Se Deus não nos deu a habilidade de cantar bem, não esperará que sejamos cantores de ópera. Deus jamais nos pedirá que dediquemos a vida a uma tarefa para a qual não temos talento.
Entretanto, as habilidades que temos são um forte indício do que Deus quer que façamos com nossas vidas. São pistas para que conheçamos a vontade de Deus.


Não importa em que temos habilidades, Deus tem planos que as incluem de alguma forma.
Deus não desperdiça habilidades, antes combina nosso chamado com nossas habilidades.
Nossas habilidades não nos foram concedidas apenas para que ganhemos à vida, mas para que exerçamos nosso ministério – I Pe. 4:10.

Usando o que Deus nos deu

Deus merece o melhor de nós. Ele nos formou para um propósito e espera que nós façamos o máximo com aquilo que recebemos. Ele não quer que nos aflijamos ou cobicemos talentos que não temos, muito pelo contrário, Ele quer que nos concentremos naquilo que Ele nos deu para usar.
Quando tentamos servir a Deus de forma não natural, é como tentar colocar um pino quadrado num buraco redondo: é frustrante e os resultados são limitados; também é perda de tempo, talento e energia.
O melhor uso de nossas vidas é servir a Deus com aquilo que Ele nos deu, em conformidade com nossa natureza. Para isso, devemos descobrir nossas habilidades, aceitá-las, apreciá-las para depois desenvolve-las ao máximo – Rm. 12:3-8.
Comecemos a averiguar e entender quem Deus quer que nós sejamos e o que Ele quer que façamos. Analisemos em que somos bons e em que não o somos.
Se acharmos que temos talento para ensinar ou cantar e ninguém concorda, estamos equivocados. Se acharmos que temos dom de liderar e ninguém nos segue, não somos líderes.
Devemos nos fazer as seguintes perguntas:
Onde pude ver frutos em minha vida que foram confirmados por outras pessoas?
Onde já fui bem sucedido?
O que realmente gosto de fazer?
Em quais momentos me sinto mais vivo?
O que estou fazendo quando perco a noção do tempo?

Devemos cultivar nossos dons e habilidades, nos empenhar em tudo para que sejamos cada vez mais eficientes em nosso ministério: se não exercitarmos nossos músculos, ele enfraquecem e atrofiam; se não utilizarmos aquilo que Deus nos deu, iremos perdê-los; se usarmos a habilidade que possuímos Deus a aumentará – Mt. 25:28
Qualquer dom pode e dever ser ampliado e desenvolvido pela prática, por exemplo: com estudo, opiniões e prática, um “bom” professor se torna um professor “melhor” e, com o tempo, torna-se um mestre no ensino – I Tm. 4:14, 15

Guto

Texto extraído do livro “Uma Vida com Propósitos” de Rick Warren